25 março 2011

sem pompa nem grande circunstância

"tem 'aipádes' ? " era uma pergunta que se ouvia na Fnac Almada pouco faltava para as 17h, a tal hora marcada para dar início à 'euforia' da venda do novo iPad 2, mais leve, mais rápido.
Às 17.05h, vá, mais coisa menos coisa, a nova coqueluche Apple entrava na mesa do espaço do fabricante, substituindo os agora obsoletos iPad de primeira geração, substituição essa que deu luta na retirada dos alarmes desses para colocação nos novos, mas valeu a entreajuda salutar da concorrência HP ao representante do fabricante de Cupertino. À volta deste, uma dúzia de pessoas, talvez para comprar, mas seguramente muitos para ver primeiro. Falta de stock não havia, disseram-me. Portanto, em Almada, nada de euforias.
No Apple Premium do Chiado (APR), a coisa já não foi bem assim: uma fila aguardava ainda às 18h que as portas abrissem de novo, depois de terem sido momentaneamente encerradas e o espaço esvaziado de clientes, tendo o mesmo acontecido no outro APR da Av. 5 de Outubro, numa táctica de marketing do próprio fabricante a que as pessoas agora acham muita piada. Eu não a entendo.
Cá fora, no Chiado, diziam-me que as quantidades eram reduzidas e não iriam chegar para todos e que as próximas unidades deveriam levar mais de três semanas a serem disponibilizadas; nada que me surpreendesse, raro seria o contrário. De resto, recordei uma velha 'máxima' de outros tempos que dizia assim: 'cliente Apple que não sabe esperar, não é cliente Apple'. Portanto, em algumas coisas, nada mudou.
Parece também continuar a existir um claro (e ancestral) favorecimento de fornecimento de stock em quantidade e a horas às grandes cadeias de retalho, como a Fnac, em detrimento das lojas especializadas que ostentam precisamente a insígnia de Apple Premium Reseller por alguma razão, mais não seja por terem o 'look & feel' das que são propriedade do próprio construtor, mas sobretudo pela especialização que detêm do produto.
Também não me parece razoável, como constatei, que a Apple Portugal estacione o seu estado-maior apenas numa única loja lisboeta para possivelmente observar como correm as coisas em altura de enchente, parecendo olvidar-se que existem outras duas que seguramente também mereceriam tão distinta visita. Não lhes fica bem esta atitude e esta é uma opinião partilhada, para que conste.
Na realidade, do grande leque de pessoas que conheci da Apple e, em particular daqueles que tinham este país a seu cargo, só encontrei 1 (um) elemento que efectivamente percebia bem a importância de uma presença institucional neste (e outros) tipo de acontecimentos e a necessidade que existia(e) de acarinhar e apoiar a Rede que trabalha exclusivamente a Marca e, facto curioso, o homem não era português, mas sim iraniano. Claro que também existia, do lado nacional, um administrador (...) não menos curioso que entendia estas visitas como um 'movimento excursionista', mas não será de admirar esta estranha visão: vinte anos depois ainda não entendeu o negócio.

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