"[...]A serra da Arrábida, de constituição calcária –integrada nos 10.800 hectares do Parque Natural da Arrábida, criado por decreto-lei de 28 de Julho de 1976 – atinge, no ponto mais alto, 500 metros. O valor científico e, apesar das agressões de que tem sido vítima, o estado de conservação da vegetação da serra – apontada como um dos elementos mais importantes do Parque Natural – levaram, em 1988, à inclusão da Arrábida na Rede Europeia de Reservas Biogenéticas, programa do Conselho da Europa, que visa a protec- ção dos elementos mais representativos da flora, fauna e zonas na- turais europeias (...) No que toca à fauna – mesmo que tenham desaparecido lobos, javalis e veados – a Arrábida ainda vai tendo texugos, doninhas, gatos bravos e raposas, tal como a águia de Bonelli, o bufo real, o peneireiro e a coruja das torres.[...]"
A citação vem de um documento da CMSetúbal. Sendo certo o desaparecimento de algumas espécies -como as três referenciadas no texto- e para além daquelas que ainda por aqui sobrevivem, há uma outra que não está em vias de extinção, antes, vai reforçando presença sem o mínimo de educação geração após geração: trata-se da lusa imbecilidade.
A estrada de acesso à praia do Creiro tem tanto de belo como de nojento. De belo, porque a obra é da Natureza, de nojento porque essa parte é de quem contribui para que o rótulo se aplique.
Precisaria de um slide show para mostrar cantos e recantos de imundície, da estrada até à água. Por isso fico-me apenas com estas aqui em cima que ilustram o resto do caminho. Se o placard no início da rampa de acesso à praia anuncia 'a época de fogos' e demais informação já sem grande conjugação, lá em baixo existe outro, pomposo, com o graveto gasto no aparente melhoramento do local, incluindo a estação arqueológica. A 'Fonte da Paciência' só tem nome: paciência. Que me recorde, deixou de ter água vai para cinco anos; o contador é disso ilustração viva. O mato tomou conta da 'fonte', dos bancos de madeira e, em breve, de toda a escadaria. Para lá das cercas de madeira, está mato alto e lixo (de fraldas, a garrafas de plástico, vidro, maços de tabaco amarrotados e sacos, saquinhos e sacões de plástico), para cá das cercas, o cenário não muda, porque conduz directamente ao primeiro dos 2 restaurantes da praia: 'Anicha' e 'Golfinho' respectivamente. Qualquer canteiro do primeiro restaurante só tem disso o nome, porque na prática, poder-se-á considerar um alongado caixote de lixo e essencialmente mega-cinzeiro. O restaurante/bar/esplanada abre todos os dias, será que absolutamente ninguém daquele estabelecimento notará o amontoado de trampa (para ser simpático) mesmo debaixo dos narizes? Notarão seguramente, mas pensarão: 'isto não é comigo. Alguém que limpe'. E este é o mote para o resto: rampa acima, rampa abaixo. Muitos, infelizmente e a avaliar pelo grau a que se chegou, deverão por certo 'pensar' da mesma imbecil maneira. O homem é também um animalzinho de hábitos, de maus hábitos em variados casos, este incluído.
Para além de quem tem o hábito de amandar a garrafinha de água, cervejola ou qualquer outro lixo para onde calha, parece-me haver aqui também duas entidades públicas (se mais houver, cheguem-se à frente) responsáveis por a) manutenção ; b) vigilância. Se as coimas existem, não devem ter tido estreia. Se é a CMSetúbal se o Parque Natural da Arrábida/ICN quem deve dar o exemplo maior, nem quero nem saber. Entendam-se porque seguramente ambas não estarão isentas de quota parte neste processo, mas não estranhem se ouvirem comentar 'ah! se isto estivesse nas mãos dos espanhóis...'. É a dura realidade. Não se passaria assim, como de resto se constata seja em Cádiz ou nos Picos de Europa.
A citação vem de um documento da CMSetúbal. Sendo certo o desaparecimento de algumas espécies -como as três referenciadas no texto- e para além daquelas que ainda por aqui sobrevivem, há uma outra que não está em vias de extinção, antes, vai reforçando presença sem o mínimo de educação geração após geração: trata-se da lusa imbecilidade.
A estrada de acesso à praia do Creiro tem tanto de belo como de nojento. De belo, porque a obra é da Natureza, de nojento porque essa parte é de quem contribui para que o rótulo se aplique.
Precisaria de um slide show para mostrar cantos e recantos de imundície, da estrada até à água. Por isso fico-me apenas com estas aqui em cima que ilustram o resto do caminho. Se o placard no início da rampa de acesso à praia anuncia 'a época de fogos' e demais informação já sem grande conjugação, lá em baixo existe outro, pomposo, com o graveto gasto no aparente melhoramento do local, incluindo a estação arqueológica. A 'Fonte da Paciência' só tem nome: paciência. Que me recorde, deixou de ter água vai para cinco anos; o contador é disso ilustração viva. O mato tomou conta da 'fonte', dos bancos de madeira e, em breve, de toda a escadaria. Para lá das cercas de madeira, está mato alto e lixo (de fraldas, a garrafas de plástico, vidro, maços de tabaco amarrotados e sacos, saquinhos e sacões de plástico), para cá das cercas, o cenário não muda, porque conduz directamente ao primeiro dos 2 restaurantes da praia: 'Anicha' e 'Golfinho' respectivamente. Qualquer canteiro do primeiro restaurante só tem disso o nome, porque na prática, poder-se-á considerar um alongado caixote de lixo e essencialmente mega-cinzeiro. O restaurante/bar/esplanada abre todos os dias, será que absolutamente ninguém daquele estabelecimento notará o amontoado de trampa (para ser simpático) mesmo debaixo dos narizes? Notarão seguramente, mas pensarão: 'isto não é comigo. Alguém que limpe'. E este é o mote para o resto: rampa acima, rampa abaixo. Muitos, infelizmente e a avaliar pelo grau a que se chegou, deverão por certo 'pensar' da mesma imbecil maneira. O homem é também um animalzinho de hábitos, de maus hábitos em variados casos, este incluído.
Para além de quem tem o hábito de amandar a garrafinha de água, cervejola ou qualquer outro lixo para onde calha, parece-me haver aqui também duas entidades públicas (se mais houver, cheguem-se à frente) responsáveis por a) manutenção ; b) vigilância. Se as coimas existem, não devem ter tido estreia. Se é a CMSetúbal se o Parque Natural da Arrábida/ICN quem deve dar o exemplo maior, nem quero nem saber. Entendam-se porque seguramente ambas não estarão isentas de quota parte neste processo, mas não estranhem se ouvirem comentar 'ah! se isto estivesse nas mãos dos espanhóis...'. É a dura realidade. Não se passaria assim, como de resto se constata seja em Cádiz ou nos Picos de Europa.
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