16 agosto 2007

aditus maximus



Voltou a ver a luz do dia pelo ano de 1798 e desde os anos 60 do século passado que é 'imóvel de interesse público', muito provavelmente um interesse maior do que aquele que Nero (a quem foi consagrado, anos depois da sua construção original) terá demonstrado na época. Falo do teatro romano de Lisboa, paredes-meias com a Rua da Saudade, na freguesia da Sé.

Tem um museu, é certo; mas tem também uma inestética cobertura e taipais metálicos 'cinzento-tropa' que retira o brilho onde, supostamente, deverão ter brilhado vedetas de então.
Parece haver propostas de arquitectos com ideias criativas e que sentem de igual modo a necessidade de tornar o espólio arqueológico, de alguma forma, mais apelativo e, em paralelo, menos denso. Naturalmente, haverá certamente a preocupação da preservação: não só temporal, mas, mais prejudicial ainda, aquela que deverá proteger de 'vândalos & hunos' que resolveram 'transfigurar' bairros como este da Mouraria, Bairro Alto e Alfama.
Oxalá as propostas que por aí hajam não morram na gaveta da burocracia ou no avental dos indecisos.

Qualis artifex pereo. -Nero dixit

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