05 janeiro 2012

urgência?

Comecei o meu 'ciclo hospitalar' de 2012 -não para mim mas para familiar- sob o auspício das novas taxas moderadoras, da nova 'organização dos cuidados de saúde' que é como quem diz: urgências concentradas nos hospitais maiores da capital e outros métodos de nova gestão.
Chegámos às 22.45h de ontem (sim: ontem) saímos às 08.00h da matina de hoje. O local? S.José.
A triagem pode ser de Manchester, de Belfast ou de Dublin, podem dar-lhe o nome que entenderem para aquilo que consideram 'não haver perigo de vida' (sic) à chegada. À saída, doente e acompanhantes são capazes de ter ficado com a 'vida mais curta' depois desta experiência (faltava-me esta, extensaaaa) desumana de horas e horas seguidas numa sala de bafo de dragão, onde idosos desmaiam e se estatelam no chão (Maca! gritam do balcão para as auxiliares) onde outros caminham -quando podem- feitos 'zombies' de pulseirinha verde. E esperam e desesperam, porque as análises demoram 'nunca menos de duas horas', porque o raio X 'demora outra hora', porque o gabinete que chama passa na madrugada dentro a ser 1 único apenas, porque ocorre a mudança de turno, porque tudo e mais alguma coisa.
Pode ser interessante ver o nascer do dia dos estreitos do hospital de S.José, mas há definitivamente lugares melhores.
Não sei, Macedito, provavelmente tu e outros como tu nunca terão posto os côtos numa urgência reformulada por ti. Não sei se a boquilha te enjeitou a boca, mas garanto-te que t'a punha direita.

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