22 setembro 2011

uars: lixo espacial


UARS significa Upper Atmosphere Research Sattelite.
Tem 20 anos e está desactivado há poucos anos, muito embora alguns dos seus instrumentos de observação estivessem ainda operacionais, mas ao que parece representava perigo lá por cima, nomeadamente com a estação espacial internacional. Deverá entrar na atmosfera terrestre amanhã ou depois, mas o estranho (para o comum dos mortais) é o facto da NASA não ter uma previsão sobre a área potencialmente visada na sua descida ao solo terrestre: rumores apontam agora para Itália, assim como para a costa sul da América Latina. Um grande desfazamento geográfico, portanto. Os entendidos na matéria, i.e. cientistas da agência espacial norte americana, afirmam que será 'mais perigoso atravessar uma rua com trânsito' do que apanhar com algum remanescente do satélite que possa não se desintegrar na entrada da atmosfera terrestre. Pode até ser, mas não deixa de haver probabilidades da estatística sair errada, em particular o rácio que fazem de 1 para 3.200 em termos de eventual vítima(s). Se das 6 toneladas de peso original do UARS, somente meia tonelada (é a previsão) entrar mais ou menos intacta na nossa zona habitável e adicionarmos a velocidade a que virá, é capaz de ser motivo para preocupação antecipada, porque, aparentemente, não havendo previsão de local, será um tanto ou quanto diferente da entrada do Skylab em 1979 que se estatelou (o que restou dele) no oceano Indíco e na zona oeste desertificada da Austrália ou mesmo, mais recentemente, da enorme estação espacial russa MIR que fez a sua reentrada directa no Pacífico sul, em 2001.

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