22 fevereiro 2011

tobruk quase reeditado


Tobruk foi palco de uma das maiores batalhas da 2ªGG, mas o que se assiste presentemente na Libia é igualmente uma batalha, com a substancial diferença que é interna mas compatível com o mesmo caracter sanguinário e sofreguidão de poder que animava a Alemanha nazi.
Quando nasci ainda reinava na Libia o emir Sayyd al-Sanusi, mas na realidade, dele já não tenho a mínima memória, por isso não me recordo de outro que não o radical coronel Khadafi e as suas múltiplas tendas sem se saber muito bem em qual delas ele poderia estar, mesmo em lugares inóspitos, bem como os sucessivos confrontos e invasões (Chade) e o isolamento face ao exterior até há muito pouco tempo. Agarrou-se ao poder como uma lapa e como muitos outros ditadores a pretexto de 'salvações nacionais' o fazem; o rastilho da Tunísia incendiou o desejo de mudança em vários países árabes que se espera seja positivo. A diferença será que alguns mandantes percebem a coisa um pouco melhor que outros e evitam ficar mal na fotografia internacional, não é seguramente o caso deste coronel líbio quase septuagenário que passou mais de metade da sua vida colado à cadeira do poder e se algo agora é contestado pela populaça, a decisão em desespero insano é simplesmente mandar metralhar do ar quem, no fundo, é presa fácil.
Admirável também a passividade da Europa -que está apenas a meia hora de distância- em particular da antiga potência colonial, a Itália, e já agora dos 'polícias do mundo', os EUA.
Estranho mundo este infecto de interesses.

Créditos: imagem aljazeera.net

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