19 agosto 2010

tenant-mix: o país do retalho


Não sei porquê, mas gosto da expressão 'tenant-mix'. Tem sonoridade, acho. Tenant-mix não é mais que, em bom português, a distribuição na fase de obra do tipo de lojas pelo espaço tendo em vista o binómio rentabilidade lojista/dono do centro comercial.
Em Novembro, haverá, por estas bandas, mais do mesmo: um retail park. As lojas ('âncoras', 'mais-ou-menos-âncoras' e 'satélites') do costume, a mesma geração dos '500 euros' (ou menos) com a rotação que se conhece em lojas abertas horas e horas a fio e, claro, mais um super-supermercado a juntar à meia-dúzia já existente na zona.
O que é que este novo 'retail park' terá de diferente, não sei. Depois direi. Mas à primeira vista, não se enxerga, em conceito, notória diferença dos que já estão instalados em Alcochete e Carregado.
Se bem que são bem mais agradáveis que espaços fechados (há sempre quem reclame do Inverno com chuva e frio e prefere a condensação num ambiente climatizado), a vista ao redor, que a página do empreendimento diz existir a partir do terraço da restauração, enquanto a restante mata não arder ou der lugar a mais instalações fabris, sim, de facto, existe alguma 'vista', mais não seja, para ver passar comboios. Só isso.
Antevejo complicações de fins de semana na EN10, porque o 'embelezamento' com as clássicas rotundas não servirá de grande coisa, já que a estrada continua a mesma: 1 faixa para lá e 1 faixa para cá. Sabendo nós todos como o portuga se comporta quando estes espaços abrem, está bom de ver o trânsito que irá existir, pelo menos enquanto for novidade, porque para além disto, havendo uma gasolineira barata incluída no leque de ofertas do espaço, nem será preciso fim de semana.
Haja então retalho e outlet (hum... outra expressão engraçada) que a freguesia aparece.

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