01 outubro 2009

Ilustração


Propriedade da 'Bertrand', saía para as bancas lisboetas, em 1926, a revista 'Ilustração', devidamente visada pela comissão de censura, naturalmente.
Entre vários nomes ilustres (Almada Negreiros, Jaime Cortesão, Stuart, Ferreira de Castro e tantos outros) que assinavam os artigos numa era de transição da I República para outros pensamentos mais dinâmicos e europeístas, havia a Maria de Eça que assinava as suas colunas mais ou menos conservadoras não se desviando do pensamento portuga da altura.
Lá em cima, a imagem reproduz um dos seus artigos -'O Campo'- num número do último ano de circulação da 'Ilustração', em 1939. A guerra veio, o papel couché sumiu e a revista acabou.
Mas, anos antes, em 1935, a mesma Maria de Eça, publicava algo sobre o papel das mulheres que dizia assim, em grafia da época:
" [...] a mulher nasceu para ser espôsa e mãe. Tudo o que seja fóra disso, é, e póde bem ser uma vida agradável conforme a maneira de ser de quem a escolhe, mas não é a vida natural .(...) A tôdas as mães cumpre educar os seus filhos preparando-os, tanto raparigas como rapazes, para o casamento, fim natural da sua vida.[...]"
Pois então.

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