Polimento

Tão polidos que eles são todos a propósito do gesto feito pelo agora ex-Ministro da Economia, Manuel Pinho.
Ora porque é uma afronta, ora porque foi feito por uma figura de Estado, ora porque o local onde ocorreu é de 'pureza tal' que apenas pode permitir algo mais suave do que gestos de dedinhos armados em antenas de testa.
Já vi pior e sobretudo já ouvi bem pior, em particular vindo de entidades e instâncias equivalentes, mormente da nossa 'pérola do Atlântico'; não consta que se tenha demitido, não consta que caia, portanto some e segue.
Neste caso recente de Manuel Pinho, à esquerda ou à direita, de repente, esses 'políticos profissionais' ficaram todos muito ofendidos voltando o polegar para baixo e olhando de lado. Revelaram-se, nesta situação, de uma unanimidade sem precedentes. Pena é que não se revelem tão coesos e tão oportunos em outras situações bem mais prioritárias, bem mais desgraçantes.
Como este texto aqui ilustra, caso não comprem o jornal.