02 junho 2009

A César o que é de César


Portanto pode ficar com ela: a ideia do voto obrigatório.
Não sei onde o presidente do governo regional dos Açores foi desencantar a ideia mas que é algo inusitado na actualidade e muito pouco democrático, disso não tenho dúvidas.
Tempos houve em que as abstenções contavam a favor da maioria, mas CC ainda complementa a sua tese com "penalização em termos fiscais ou em termos de benefícios ou acessos a serviços públicos dos cidadãos que não votem". Brilhante.
Estas coisas de candidatos nas feiras, mercados, bandeirinhas, comitivas, comícios e beijinhos que fazem parte do folclore eleitoralista é um mal menor a quem já poucos ligam e que até fica mal a certos candidatos de partidos que só (re)aparecem claramente para a caça ao voto, talvez por isso, as primeiras eleições deste ano para o PEuropeu sejam um género de balão de ensaio para o Outono e talvez por isso também preocupe algumas mentes, mas não se infere daqui que a 'obrigatoriedade' de voto seja a cura para o mal.
No entanto, poderia ser interessante pegar na extensão da ideia de CC e invertê-la: por cada promessa eleitoral não cumprida e todo e qualquer desvio ao OGE, taxar o(s) partido(s) governante(s) -qualquer que seja- e redistribuir o valor apurado pela populaça sob a forma de compensação pelo tempo gasto na urna de voto.

1 comments:

Insular disse...

Fantástico - excelente avaliação! Ainda bem que escreve o que já é "censura" nas ilhas (criticar o presidente).Governação desta natureza só para ilhas desertas de iluminismo. Bem haja !