13 junho 2008

Aldeia branca da Maria Papoila

Em noite de Sto. António, nada como recordar velhas glórias dos anos dourados do cinema luso, em particular as comédias de costumes, quase sempre com mensagens dissimuladas para que o lápis azul não desse conta. 'Aldeia da roupa branca' terá, porventura sido, (e se excluírmos os meus...) o mais rápido filme a ser realizado: 60 dias. Não obstante, tempo que foi, afinal, mais que suficiente para colocar no mercado uma comédia que há setenta anos nos faz rir e ao mesmo tempo aflorar a nostalgia de uma Malveira totalmente rural.
Estávamos em 1938.
Ai, rio não te queixes;
ai, o sabão não mata;
ai, até lava os peixes;
ai, põe-nos cor de prata

Adeus oh terra,
Adeus linda serra de neve a brilhar
Adeus aldeia, que levo na ideia
Não mais cá voltar

Um ano antes, 1937, Mirita Casimiro dava vida a 'Maria Papoila'. Mirita filmou durante alguns anos, sucessos e insucessos, pelo meio arranjou tempo para casar com Vasco Santana (olha que dupla!) até que em 1970 decidiu que a vida já não fazia sentido.
Dos filmes e peças teatrais que protagonizou, ficará para sempre ligada à eterna 'Maria Papoila', em particular nesta cena:

0 comments: