22 dezembro 2007

Dona Berengária Sanches


Tal como Urraca, Berengária é também um nome estranho nos nossos dias. Em 1194, porém, isso da estranheza não se colocava -tal como hoje as 'cátias, vanessas, iaras et all' o não têm...- e Berengária foi infanta de Portugal, filha de D.Sancho I e D.Dulce de Barcelona e Aragão, que aos vinte anitos casa com o Rei Valdemar II da Dinamarca. Casou longe, portanto. E ao que consta, repetente.

Católica, consegue persuadir o aguerrido Valdemar em 'disciplinar catolicamente' um reduto pagão, geograficamente escrevendo, que englobava povos da região do Báltico e que hoje em dia são pequenas nações independentes.
Com o abrir das fronteiras esta semana, e como os noticiários anunciavam: 'hoje é possível viajar de Portugal até à Russia, sem parar'.
Berengária abriu caminho luso em 1214, para futuras relações comerciais. E como há sempre um português em qualquer canto do mundo -haja ou não espaço Schengen- não há nada como tomar a bica portuga num café com nome de descobridor ilustre, em Tallinn, na Estónia.

5 comments:

Anónimo disse...

Finalmente abriu. (Como é normal entre os tugas estas coisas abrem sempre mais tarde do que o previsto e estávamos ainda à espera da confirmação.)

Razão para dar um salto à outra margem do golfo :-)

Anónimo disse...

Uma boa razão para dar um salto ao outro lado do golfo - agora que finalmente abriu.
Fiquei a saber aqui, porque no outro lado a confirmação nunca mais chegou :-)

Luís Maia disse...

Pode retirar-se do teu texto, que o Valdemar não era católico, tanto que os dinamarqueses haviam colaborado no âmbito da 3ª cruzada, na conquista de Silves.

Daí terá nascido a ideia do negociozito do casório.

Quem eram pagâs eram as referidas republicas do Báltico e a Beregngária terá tido o papel do "Ó homem vai-te ao eles"

LMB disse...

Sim, deduzirás bem. O jovem Valdemar não seria católico. Um ajudita dos cruzados teutonicos deverá também ter contribuído para o grito "Oh homem vai-te a eles!"

LMB disse...

@ António-> Ora ainda bem que abriu. E será que se bebe alguma bica "comme il faut" por lá?... :)
Aliás, serão os Estónios apreciadores de produtos (gastronómicos) portugueses?