09 outubro 2007

Empreendorismo de pacotilha


Melhor degradar do que utilizar. Deve ser este o mote que rege os responsáveis estatais pelo núcleo de lazer integrado no Parque ambiental do Alambre entre Azeitão e a Arrábida. Que me lembre, só o vi a funcionar uma única vez e, mesmo assim, 'a modos que' espaço alternativo a um dos restaurantes da Figueirinha por altura do encerramento dos acessos entre essa praia e a outra, do Creiro. Foi também por essa altura -Verão de 2004- que um incêndio, desses de 'geração espontânea', arrebatou uma parte do parque.

Dá dó ver um projecto deste tipo perfeitamente parado e abandonado no tempo, com um potencial tremendo, onde só as ideias não vingam se não quiserem ou não as deixarem. Não há, na zona, um outro espaço aberto com estas características e capaz de proporcionar um 'carregar de baterias' a quem por lá possa abancar. Não conheço os bungalows, apenas, a parte do restaurante e cafetaria estavam operacionais na altura em que referi atrás e, curiosamente -ou talvez não- nunca os vi vazios de comensais.

É inaceitável que a entidade responsável por este espaço, o ICN-PNA, prefira ter um investimento parado em vez de gerar receitas e postos de trabalho. Ofereçam-no em exploração -olhem! eu sou candidato- , criem um projecto decente ou saia de cena quem não é de cena.
De boas intenções, no papel, está o inferno cheio:

[...]O Parque Ambiental do Alambre Com uma área de 36,64 hectares, o Parque Ambiental do Alambre fica na zona de Azeitão, no sítio do Alambre, junto a um dos eixos principais de acesso à serra da Arrábida. As características morfológicas e naturais da sua paisagem, tornando-o num espaço ideal para a prática de actividades lúdicas e didácticas, fizeram com que o ICN- PNA adquirisse aquele local no ano de 1989.

Os estudos realizados para a implementação do parque Ambiental do Alambre, privilegiaram tanto quanto possível a manutenção das formas naturais (minimizando as construções, movimentações de terras ou quaisquer outras intervenções), levando em consideração as linhas de água, geomorfologia - o acidentado do relevo, as unidades visuais, as áreas de intercepção a partir dos principais itinerários e a vegetação. Da conjugação das condicionantes físicas e biológicas mencionadas e das características do programa a implementar, resultou a proposta preliminar de ordenamento que consta na carta em anexo e que prevê a criação das seguintes unidades:

• Circuitos de observação e interpretação da natureza;
• Centro apiário - núcleo de apoio, fomento e divulgação da apicultura;
• Espaço lúdico - área para merendas e prática de jogos tradicionais;
• Núcleo para campismo ambiental

• Centro de acolhimento com 32 camas
• Bar

Espaço polivalente
• Recepção e área administrativa

• Instalações de apoio logístico
[...]

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