26 junho 2007

113m acima do Tejo



Mais cota menos cota, é por essas alturas, que do Alto do Pragal, se tem uma das mais impressionantes vistas de Lisboa e Tejo, constantemente varridas pela ventania umas vezes mais forte que outras.
Sob a monumental obra de Mestre Francisco Franco, que é o Cristo-Rei, o terreno circundante é só tratado até uma determinada parte; a mais extensa, conserva o ar bravio e, de algum modo, mais desmazelado que poético.

Faz-me de alguma forma apreensão, porque não rentabiliza o Santuário Nacional de Cristo Rei, o espaço algo generoso que o envolve e arrecada com isso os não menos generosos euros que muito provavelmente seriam úteis na conservação e manutenção do monumento e espaços anexos. Não falo da instalação de uma cadeia internacional de fast-food, mas sim de algum equipamento condigno e que não colidisse -ou profanasse- o local religioso. A coexistência pode, certamente, ser pacífica. E rentável.
Ter apenas um cafézito insipiente, com vista para o terreiro de estacionamento, com o tão sugestivo aviso "que não há serviço de mesas", uma loja de 'souvenirs' e uma dúzia de mesas de madeira para o farnel excursionista, é algo redutor.
Quantos espaços dispõem, afinal, de uma localização tão priveligiada quanto este?

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